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Era maio de 2013, assisti como repórter no Pacaembu à atuação mais escandalosa de um árbitro em campo. Calos Amarilla cometeu tantos erros decisivos contra o Corinthians (pênaltis não marcados, gol mal anulado) que, em determinado momento, perdi até a conta para o texto que escrevia para a Folha de S. Paulo. O Boca Juniors se classificou. Na época, o ex-presidente da Conmebol Nicolas Leoz tinha recém-saído do comando por acusações de corrupção. Mais tarde, seu aliado argentino Julio Grondona, ex-presidente da AFA, foi pego em escutas elogiando Amarila por suposta ajuda ao Boca. Em setembro de 2025 assisti no Maracanã ao árbitro Andres Rojas expulsar por segundo amarelo o atacante do Flamengo Plata por sofrer um bico no pé de um zagueiro do Estudiantes. O lance parece fora da área. Mas, antes, o defensor argentino mete a mão na bola, o que seria pênalti. Não houve revisão do VAR a penalidade. Esse foi só o auge de uma arbitragem que dificilmente poderá ser classificada como imparcial no Flamengo x Estudiantes. O critério de cartões amarelos é incompressível. Com mais posse e com menos faltas, o Flamengo levou cinco amarelos, o Estudiantes ficou com três. Há lances claríssimos de sanção ignorados como uma entrada dura em Arrascaeta em que o Rubro-Negro leva vantagem no ataque. Outras jogadas duvidosas ocorreram como um possível pênalti em Samuel Lino (não parece que foi) e o gol do Estudiantes com possível toque na mão (a imagem é inconclusiva). As decisões foram só para um lado. Matías Vinã, do Flamengo, relatou ao site "Coluna do Fla" ter ouvido o quarto árbitro avisar o técnico do Estudiantes, Eduardo Dominguez, sobre um jogador pendurado do Estudiantes que poderia ser expulso. As imagens da ESPN mostram a conversa longa em que o árbitro aborda o treinador e aponta para o campo. A iniciativa do diálogo é do quarto árbitro, não do treinador. O diretor de ftutebol do Flamnego, José Boto, e até o polido técnico Filipe Luís reclamaram da arbitragem - o técnico queria um pedido de desculpas. Andres Rojas já foi suspenso pela Conmebol por erro grave na Libertadores em um jogo Boca x Atlético-MG - falha contra os argentinos. Mas a entidade o trouxe de volta. Amarilla nunca reconheceu seus erros no jogo do Corinthians. É improvável que Rojas peça desculpas.