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O chamado Maião, onde o Mirassol manda seus jogos, tem capacidade para 15 mil torcedores numa cidade de 65 mil habitantes. Ou seja, para lotar, será preciso que 1/4 da população vá ao estádio para lotá-lo. Ao receber o Cruzeiro que vive em Belo Horizonte, a 728 km, Mirassol se mobilizou menos do que a campanha do time merece. Com cinco vitórias e três empates como mandante, para os donos da casa tratava-se de vencer em entrar na zona de Libertadores. Os visitantes tratavam de não se afastar da dupla Flamengo&Palmeiras. E antes do quinto minuto Matheus Pereira lançou Kaio Jorge para o goleador do Brasileirão fazer 1 a 0. Com o que, com dois jogos a mais que o Palmeiras, o Palestra mineiro assumia a vice-liderança do campeonato. O Mirassol passou a ter o domínio do jogo até que, aos 21 minutos, contra-ataque mineiro quase resultou no segundo gol, de Wanderson, evitado por boa defesa de Walter, o goleiro que passou anos no banco vendo Cássio jogar e hoje o enfrentava, como já havia acontecido nos tempos em que jogou no Cuiabá. Daí em diante a superioridade amarela foi absoluta, ao rondar permanentemente a área azul, fazer Cássio trabalhar, mas sem maior contundência. Para o segundo tempo seria recomendável ao Cruzeiro ser menos reativo e não dar tanta liberdade ao Mirassol. Ninguém mexeu para o segundo tempo até que, aos 12, Rafael Guanaes pôs Negueba no lugar de Carlos Eduardo. O jogo ficou mais entre as intermediárias e o Cruzeiro passou a valorizar mais a posse de bola, obrigando o Mirassol a correr atrás e se irritar. Daí, aos 20, brilhou a estrela de Guanaes porque Negueba acertou grande arremate no ângulo que nem o 1,92m de Cássio permitiu chegar: 1 a 1, para alegria também dos palmeirenses e tristeza dos são-paulinos: os alviverdes mantiam a segunda colocação e os tricolores perdiam a sexta. Leonardo Jardim logo providenciou a entrada de Matheus Henrique no lugar de Wallace, aos 25. O Mirassol passou a criar chances e mais chances de virar e os mineiros se viam em apuros. Chico Kim e Alesson estavam no gramado nos lugares de Édson Carioca, machucado, e de José Aldo. Aos 33, Matheus Bianqui mandou na trave de Cássio. Era impressionante a imposição do Mirassol e Wanderson saiu para Lautaro Diáz tentar equilibrar as coisas, aos 38. O empate já estava de bom tamanho para o Cruzeiro e era pouco para o Mirassol.. Cássio, acredite, recebeu cartão amarelo por cera. Eram 6 mil torcedores na expectativa da virada e certamente se fossem 12 mil ajudariam mais.