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Só para assinantes Assine UOL Opinião Esporte O que surpreende no 'descaso' de Memphis com o Corinthians? Alicia Klein Colunista do UOL 16/10/2025 14h12 Deixe seu comentário Carregando player de áudio Ler resumo da notícia Memphis durante jogo entre Santos e Corinthians no Brasileirão Imagem: Mauricio De Souza/AGIF Muito sinceramente e já oferencendo um spoiler, nada. Viraram motivos de debate os largos sorrisos de Memphis Depay ontem, no banco do Corinthians, enquanto assistia ao atropelamento de "seu time" pelo Santos, na Vila Belmiro. Um amasso que acabou em 3 a 1, fora o baile. As aspas acima não são acidentais. O time dele não é o Corinthians. É a Holanda. Sua alegria, suas declarações e, pasmem, seu futebol não mentem. O Timão é um meio para um fim. Um lugar para lhe manter ativo o suficiente para continuar sendo chamado pela Laranja Mecânica. Não muito diferente do que acontecia com James Rodríguez por São Paulo e Colômbia. Josias de Souza Lula não deve observar Trump do alto do salto Casagrande Memphis é maior exemplo de descaso no Corinthians Mariana Sanches Brasil não afeta EUA em decisão sobre Venezuela Letícia Casado Para o centrão, ação de Eduardo esfriou a anistia Pela Seleção, tudo. Pelo clube, o mínimo possível. Classificação e jogos Brasileirão Dá para culpar o holandês? O empregador vive imerso no caos e em dívidas. Todos os seus últimos presidentes estão sendo investigados pelo Ministério Público (Andrés Sanches já foi denunciado). Não menos importante, o empregador atrasou seus pagamentos — absurdos, diga-se. Como sempre lembra minha amiga Milly Lacombe, toda vez que Memphis dá uma assistência ou faz um gol, o Corinthians fica mais pobre. Isso não é problema dele, claro. Azar de quem ofereceu um contrato leonino ao craque. O colega José Martínez nem sequer meteu um atestado para faltar ao trabalho. Simplesmente não está indo aos treinos, nem atendendo ao telefone. O que isso diz sobre o compromisso com o clube? Ainda assim, respondendo à questão da culpabilidade: sim, Memphis pode ser cobrado pela postura. Ele é funcionário de uma instituição gigante, com uma torcida gigante, que lhe ofereceu todo o amor do mundo, desde que ele chegou aqui, desprestigiado na Europa. Tem servido de trampolim para sua permanência na seleção holandesa, às vésperas da Copa do Mundo, mesmo sem grandes atuações. Sem falar no dinheiro. No apartamento. Na chef particular. Ou em todas as benesses de seu generosíssimo acordo. Alguma dessas coisas ele deveria respeitar: senão o clube, a torcida. Senão a torcida, os companheiros. Senão os companheiros, o acesso à seleção. Senão o acesso à seleção, o dinheiro. Continua após a publicidade Mas não. Memphis deixou transparecer ontem que vê o Corinthians menos como trampolim e mais como estorvo. Um mal necessário. Por ora. Não surpreende, mas abala. Siga Alicia Klein no Instagram Se inscreva no canal de Alicia Klein e Milly Lacombe no YouTube Assine a newsletter da Alicia Klein Opinião Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL. Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash Receba novos posts de Alicia Klein por email Informe seu email Quero receber As mais lidas agora STF afasta prefeito em operação da PF contra desvio de emendas na Bahia Brasil ajudou a 'derrubar' os EUA da lista de 10 passaportes mais poderosos Governo se mobiliza, e CPMI do INSS rejeita convocação de irmão de Lula Moraes intima Defensoria Pública a atuar em ação contra Eduardo Bolsonaro Cão lambendo muito as patas? Entenda o que esse comportamento pode revelar