🔎 ou veja todas as análises já realizadas

Análise dos Times

Brasil

Principal

Motivo: O artigo narra os eventos a partir da perspectiva brasileira, destacando a vitória e a consequente classificação para a Copa do Mundo, mesmo diante da polêmica.

Viés da Menção (Score: 0.6)

Motivo: O texto descreve a ação do Chile como uma 'farsa' e 'simulação', evidenciando um tratamento crítico à conduta da equipe e do goleiro Rojas.

Viés da Menção (Score: -0.7)

Palavras-Chave

Entidades Principais

vinicius junior copa do mundo brasil chile roberto rojas careca silas juan carlos lostau rosenery mello folha de s. paulo

Conteúdo Original

O último Brasil x Chile no Maracanã teve goleada da seleção por 4 x 0, com direito ao primeiro gol de Vinicius Júnior com a camisa amarela. Aconteceu em 2021. O penúltimo completa 36 anos nesta quarta-feira (3), véspera de mais uma partida entre as duas seleções sul-americanas, agendado para quinta, pelas Eliminatórias. Em 3 de setembro de 1989, há exatos 36 anos, o Brasil venceu o Chile por 1 x 0, gol de Careca, resultado que garantia a seleção à Copa do Mundo de 1990, mas que ficou sujeito a decisão arbitral da Fifa, em função de um episódio inusitado. Aos 24 minutos do segundo tempo, a seleção já ganhava por 1 x 0 quando um foguete sinalizador, do tipo "bengala" caiu às costas do goleiro chileno Roberto Rojas. Com uma lâmina escondida na luva, caiu e feriu o próprio supercílio. Alegando violência e falta de segurança, a seleção chilena deixou o campo e tentou a classificação na Justiça. O Brasil estaria fora da Copa do Mundo. "A gente saiu de campo com medo, sem saber o que aconteceria. Ninguém tinha certeza do que tinha acontecido e houve, sim, medo de ficar fora da Copa do Mundo de 1990", lembra o meia Silas, camisa 10 do Brasil naquela tarde e na inscrição para o Mundial da Itália, meses depois. O árbitro, no Maracanã, era o argentino Juan Carlos Lostau, pai do atual diretor de árbitros da Federação Paulista de Futebol, Patricio Lostau. A manchete da Folha de S. Paulo, do dia seguinte, dá noção de como havia medo da eliminação no tribunal da Fifa: "Rojão atinge goleiro chileno e suspende vitória do Brasil." No último parágrafo do texto da primeira página há a informação de que Lostau indicava, na súmula, que a equipe do Chile havia abandonado o gramado. O árbitro esperou os vinte minutos previstos pelo regulamento da época e encerrou a partida. Em teoria, o Brasil teria sua vitória legitimada. Mas a segurança só veio com as imagens do foguete sinalizador caindo metros atrás de Rojas, bem longe do local em que o goleiro simulou sua lesão. A farsa provocou a eliminação do Chile da Copa do Mundo de 1990, a validação da vitória brasileira por 2 x 0, no tribunal, e a exclusão chilena das eliminatórias para o Mundial seguinte, de 1994. Rosenery Mello foi presa em flagrante por atirar o sinalizador. Passou a noite de 3 para 4 de novembro de 1989 na delegacia da Praça da Bandeira, no Rio de Janeijro. Libertada e com a confirmação da farsa, posou para a revista Playboy em sua edição 172, novembro de 1989. Ficou na história como "Fogueteira do Maracanã." Faleceu em 2011, aos 45 anos. "Rojas tinha sido meu companheiro de clube, no São Paulo. Ele havia me emprestado um violão, para tocar na concentração, no jogo de ida, em Santiago. Eu levei o violão ao Maracanã para devolver. Mas com aquela confusão, não sei até hoje onde o violão foi parar", lembra-se o meia do Brasil, naquela tarde. Em 2019, no aniversário de 30 anos da partida, o árbitro argentino Juan Carlos Lostau disse: "Eu apitei partidas muito mais complicadas do que aquela. Mas a transcendência do que aconteceu naquele Brasil x Chile é o que faz todas as pessoas me perguntarem sobre aquilo."