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Perder para o Ceará no Castelão é um resultado plausível dentro do Brasileirão. O problema foi a maneira como o Santos caiu por 3 a 0: vulnerável na defesa, apático nas transições e dependente de lampejos individuais. A derrota deste domingo devolve o torcedor ao estado de alerta, justamente quando havia surgido um fio de esperança com a chegada de Juan Pablo Vojvoda. No primeiro tempo, o Vozão foi mais intenso e abriu o placar com Lucas Mugni, aproveitando rebote após saída ruim de Brazão e desatenção geral da zaga. O Peixe até respondeu: Rollheiser carimbou o travessão em cobrança de falta e tentou assumir o protagonismo, mas faltou organização para transformar posse em chances claras. Na etapa final, quando parecia que o empate poderia amadurecer, o Santos se expôs e levou o golpe fatal: Galeano ganhou na corrida e serviu Pedro Henrique para o 2 a 0 Nos minutos derradeiros, Fernando Sobral fechou a conta. Pelo caminho, Bruno Ferreira virou personagem da noite com defesas decisivas, inclusive em uma bicicleta de Rollheiser, e as traves também jogaram contra o time da Baixada. O placar pesado contrasta com a expectativa recente: sob Vojvoda, o Santos vinha dando sinais de ajuste. A atuação, porém, reacende todos os fantasmas. E agora vem jogo decisivo contra o Corinthians. Clássico é clássico, mas, pelo contexto, vale mais que três pontos: pode definir o rumo do Santos no campeonato. Outra derrota pode selar de vez o destino da equipe da Baixada na luta contra o rebaixamento.