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O Palmeiras poderia ter "matado" o River Plate ontem, no Monumental de Núñez? Ora, mas é claro que poderia! O primeiro tempo foi daqueles de almanaque: marcação alta, troca de passes envolvente, Andreas Pereira ditando o ritmo, Gómez impondo respeito, Vitor Roque e Flaco criando terror na zaga... Em 45 minutos, o Verdão produziu o suficiente para "encher a sacola". Poderia ter marcado três ou até quatro gols, tranquilamente. Mas acabou perdoando um dos maiores clubes do continente. E, no futebol, esse é o risco mais sério que existe: o perdão costuma vir com juros altos. O River voltou mais organizado, equilibrou a partida e achou um golzinho que o mantém vivo na briga. Vivo, sim. Mas não inteiro. É um vivo que respira por aparelhos, agarrado na tradição e na mística de sua camisa pesada. Porque, sejamos francos: calar o Allianz Parque é tarefa para poucos. A equipe argentina pode até beliscar um empate, claro. Mas pelo que se viu em Buenos Aires foi um Palmeiras gigante, senhor do confronto, capaz de se impor novamente diante de 45 mil vozes verdes. O favoritismo, na minha conta, é coisa de 85% a 15%. E, se não tivesse "perdoado" o rival, já estaria na base de 99% x 1%. Concorda?