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Desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o time vem demonstrando uma evolução tática, técnica e também na dinâmica do jogo. Vojvoda gosta que seus times tenham um ritmo alto e muita intensidade. A presença do Neymar, como está hoje, estava prejudicando a equipe, pois o jogo ficava lento e o time levava muitos contra-ataques. Com jogadores mais jovens, em ótima forma física, mais combatentes e dinâmicos, o Santos alcançou, nesse clássico San-São, a intensidade próxima ao que Vojvoda gosta. Uma defesa mais sólida, com um meio-campo mais coeso, dinâmico e agressivo, e um ataque rápido para usar bem os lados do campo e também ter mais movimentação. Mas tem um jogador que cresce muito sem a presença do Neymar, que é o Guilherme, que a torcida pega no pé injustamente. O camisa 11 é o artilheiro do time no ano e marcou o primeiro gol santista nessa vitória sobre o São Paulo. Aliás, foi um belíssimo gol pela jogada criada com Mike e Rollheiser pelo lado direito, que fez um ótimo cruzamento com o pé direito para Guilherme marcar um belo gol de cabeça. É um jogador que já trabalhou com Vojvoda no Fortaleza e foi muito bem, por isso tem total confiança do treinador, que o colocou como capitão no clássico. Vi um Santos brigador, dividindo cada jogada como se fosse a última, e pela situação na tabela, precisa ser assim mesmo. Não foi uma maravilha, mas o Santos jogou muito melhor que nas partidas anteriores; já estava em evolução e precisava de uma vitória importante como essa. O Santos chutou muito mais ao gol do que o São Paulo e também acertou mais, forçando o goleiro Young a fazer ótimas defesas, principalmente no primeiro tempo. Essa vitória deu um ótimo fôlego para o Santos, porque Vitória, Juventude e Fortaleza perderam, e o Vasco empatou. O único atrás do Peixe que venceu foi o Sport, mas está bem distante. Com essa vitória, o Santos chegou a 26 pontos, passando o Atlético-MG, que ficou nos 25. Mesmo assim, a situação continua crítica, mas o time cresce na autoestima, na personalidade coletiva e no moral de equipe. Já o Hernán Crespo poupou seus titulares porque tem uma partida super complicada na próxima quinta-feira (25) contra a LDU, pela Libertadores, no Morumbi, precisando reverter um resultado de dois gols de diferença. Não será nada fácil conquistar a classificação, mas ele teria que poupar mesmo, pois não tem um elenco grande e nem com qualidade parecida entre os jogadores para ser sempre forte e competitivo.