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Análise dos Times

Palmeiras

Principal

Motivo: O artigo critica duramente Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, por sua postura incoerente em relação à arbitragem, minimizando um lance que beneficiou sua equipe.

Viés da Menção (Score: -0.7)

Motivo: O artigo reconhece que um pênalti claro não foi marcado para o São Paulo, o que é visto como um erro da arbitragem que prejudicou a equipe.

Viés da Menção (Score: 0.5)

Palavras-Chave

Entidades Principais

São Paulo Palmeiras Abel Ferreira Luciano Tapia VAR Allan José Mourinho Vítor Roque Arboleda

Conteúdo Original

O pênalti não dado para o São Paulo, que vencia por 2 a 0 no Morumbi e acabaria perdendo por 3 a 2 para o Palmeiras, é um lance escandaloso. É um lance em que não há margem para discussão ou interpretação. Sequer precisa ser explicado. Luciano cruza mal, a bola escapa de Tapia, ele muda de direção para buscar a bola, está no lance, Allan escorrega e derruba o jogador do São Paulo. Não dá para ser mais pênalti. O juiz errou, o VAR errou. Eu sempre reclamo do excesso de intervenções do VAR, que deveria chamar a arbitragem somente em lances muito, muito absurdos. Não deve chamar árbitro para reinterpretar em câmera lenta. Deve chamar somente em lances que fariam o árbitro passar um ridículo nacional se não fossem corrigidos. Tipo o de hoje, no Morumbi. O São Paulo ganharia o jogo? Sei lá. Faria 3 a 0? Nem sabemos se isso ocorreria. Só há uma certeza: Se esse lance tivesse ocorrido para o outro lado, Abel Ferreira teria sido expulso no ato, pois teria xingado todas as gerações de todos os elementos da "equipa" de arbitragem. E teria chegado à sala de imprensa falando do absurdo, do erro, de como afetou o jogo, de como o Palmeiras foi prejudicado e por aí vai. Vocês estão lendo e já imaginando a cena. Afinal, a cena ocorreu dezenas de vezes nos últimos cinco anos. Abel perde a credibilidade quando faz o que fez após a partida deste domingo. Ele viu o lance e sabe que não foi pênalti. Tem que ser um otário para acreditar que Abel não tenha "revisto o lance", como ele disse. Botou um monte de condicionais. E acabou dizendo que "pelo que tinha visto", achava que a bola já não estava em disputa. É claro que ele não acha nada disso. Abel é o discípulo perfeito da escola José Mourinho. Acha que o jogo não se joga só no campo e deve medir tudo o que fala. Possivelmente, ache que, se admitisse que o erro grotesco da arbitragem tivesse ajudado seu time, possivelmente haveria uma compensação no próximo jogo. É a única coisa que explica um treinador como ele, que conhece futebol como conhece, que tem memória fotográfica do minuto a minuto de um jogo de futebol, falar o que falou sobre o lance. Abel é um craque de sua profissão. E acerta quando pede coisas que melhorariam o ambiente e o produto futebol no Brasil. Hoje mesmo, voltou a falar em profissionalizar árbitros, em pagar mais (consequência da profissionalização), em gramados melhores, enfim. Mas ele contribuiria ainda mais se desse exemplo. Falar que o Palmeiras foi beneficiado pela arbitragem não mudaria o resultado do jogo. E daria muito mais peso para as reclamações que ele faz, com bastante razão e forma bem discutível, em outros momentos. No primeiro semestre, o Palmeiras foi prejudicado contra o São Paulo no Paulistão, o pênalti mal dado de Arboleda sobre Vítor Roque. Eu esperava que Abel fosse honesto em relação ao lance, mas ele não foi. Critiquei aqui neste mesmo espaço. E hoje repito a crítica. Como é uma reincidência, podemos concluir com segurança que Abel é apenas mais um da escola de chorões. Que esperneia quando é prejudicado e se cala ou distorce quando é beneficiado. A incoerência que é marca da profissão e do universo do futebol. Mais do mesmo. Naquela ocasião, muitos torcedores reclamaram que eu só pedia isso a Abel e não cobrava o mesmo dos outros. Em primeiro lugar, cobro sim a coerência de todo mundo. Em segundo lugar, cobra-se mais justamente de quem tem mais peso. E Abel não só tem peso como é, de longe, o técnico que pior se comporta em relação a árbitros. Portanto, deveria aproveitar oportunidades como a de hoje para se mostrar maior do que efetivamente é.