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Pela cara que tomou o Brasileirão, o domingo entrou em modo "final antecipada": Flamengo e Palmeiras chegam ao Maracanã com a taça na linha — o Palmeiras lidera com 61 pontos e o Flamengo aparece a três, com 58, e o clássico promete decidir o topo da tabela. [ , ] No lado técnico, Filipe Luís prepara um Flamengo com nomes como Rossi e Pedro, mas sofre com desfalques como De la Cruz e Allan; Abel Ferreira, no comando do Palmeiras, aposta em Vítor Roque e Flaco López e quer conter o poder ofensivo rubro-negro. [ ] Enquanto a torcida mira no presente, as histórias de bastidor não perdem graça: Jorginho, agora soberano no Flamengo, foi rejeitado em peneiras do Palmeiras, do São Paulo e do Internacional aos 13 anos, seguiu para a Itália, naturalizou-se italiano e colecionou títulos — e houve até uma tentativa de aproximação com o Palmeiras em janeiro, quando ele ainda estava no Arsenal, mas o clube acabou preferindo Andreas Pereira. [ ] Fora das quatro linhas, a briga é de planilha: o Flamengo foi o primeiro clube bilionário do país (2022–2024) e projeta receita perto de R$ 2 bilhões em 2025; Flamengo e Palmeiras juntos somaram cerca de R$ 2,4 bilhões em 2024, num cenário em que as receitas da Série A atingiram R$ 10,5 bilhões. [ ] No balanço rubro-negro, 32% da arrecadação veio de patrocínios (R$ 417,7 milhões) e 35% da TV (R$ 453 milhões); no Palmeiras, as vendas de jogadores renderam R$ 504,3 milhões em 2024 (45% da arrecadação). [ ] O modelo de negócio do Allianz Parque e a gestão da WTorre ajudam a explicar a máquina palmeirense; no Flamengo, a opção por gestão orgânica, permissões do Maracanã e movimentos de dirigentes como Bap também entram na equação. [ ] Contratações e negociações — como Samuel Lino (22 milhões de euros) e a compra à vista de Nico De La Cruz (R$ 78 milhões) — ilustram a capacidade de caixa do Flamengo; e o debate sobre organizar a casa, com vozes como Claudio Pracownik, segue presente nas análises sobre sustentabilidade financeira. [ ] Se alguém quer comparar com a Espanha, é preciso cuidado: Real Madrid e Barcelona mantêm aproveitamentos médios bem acima dos clubes brasileiros; Palmeiras e Flamengo trafegam na casa dos 60% de pontos, com médias de gols e de gols sofridos que mostram diferenças (Fla 1,69 gols por jogo; Palmeiras 1,61; gols sofridos 1,01 e 0,90, respectivamente). [ ] Por fim, o clássico vale muito além dos três pontos: além da disputa pelo Brasileirão, os dois clubes seguem vivos na Copa Libertadores — o Palmeiras encara a LDU e o Flamengo terá o Racing pela frente nas semifinais — e o desfecho deste jogo pode redesenhar tanto o panorama esportivo quanto o financeiro. [ , ]