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Foi dia de emoções divididas na Neo Química Arena: antes do apito inicial, a festa e a lembrança. O Corinthians prestou uma despedida terna a , com vídeo, taças à beira do gramado e a nova camisa entregue por Garro — imagem que contrastaria com o que viria depois em campo. O jogo, aliás, teve ares de tragédia corintiana. O Timão mandou mais no primeiro tempo, criou chances e até ganhou um pênalti que poderia ter decidido a partida — mas Yuri Alberto tentou a famosa cavadinha, viu Rossi crescer e desperdiçou. O centroavante, vamos lembrar, ainda se redimiu ao marcar na etapa final, mas não evitou a virada do Flamengo com gols de Arrascaeta e Luiz Araújo: a crônica da noite está contada em reportagem que detalha cada capítulo desse roteiro ( ) e também nas análises mais ríspidas que não pouparam o time ( ). Se a cavadinha virou símbolo da noite, virou também assunto político-interno: Dorival Júnior tratou de negar qualquer interferência na cobrança e colocou a decisão como "momento do atleta" ( ). Do vestiário, Gustavo Henrique fez o movimento que a torcida pede e o elenco precisa — apoio público a Yuri, mas também a promessa de cobrança: afeto e exigência, lado a lado ( ). Na sequência do balanço de consequências, há impactos práticos: o cartão amarelo recebido no jogo deixou Yuri fora do próximo compromisso contra o Internacional — um desfalque que pesa, já que ele é o artilheiro do time na temporada e havia encerrado um jejum de quatro meses ao marcar ontem ( ). Também foram dias de ajustes forçados: a lista de ausências e retornos moldou a escalação — André Ramalho saiu lesionado e deu vez a João Pedro Tchoca, Gui Negão voltou ao time e Dorival promoveu mexidas que já vinham sendo avaliadas no decorrer do turno ( ; ; ). Fora das quatro linhas, o cenário também pede atenção: o time ainda busca consistência em casa e reagir na tabela, num contexto em que a Fiel e até torcidas organizadas já cobraram respostas no CT — exigência que acrescenta pressão ao trabalho do treinador e aos jogadores ( ). No fim, o que ficou foi essa mistura curiosa de festa e frustração: o abraço emocionado a um ídolo que se despede e, poucas horas depois, a frieza das estatísticas e da virada. Há razões para críticos vociferarem e para torcedores esperarem, com paciência descontente, uma virada de roteiro. O cronista conclui que a noite foi, como o futebol costuma ser, contraditória — com momentos de beleza e deslizes de cobrança que custaram caro; para ler as versões e reações do dia, há mais páginas e ângulos neste bloco de reportagens ( ).