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Análise dos Times

Flamengo

Principal

Motivo: O artigo foca na comparação entre Flamengo e Palmeiras como um cenário de "Real-Barça", destacando sua influência e o impacto nos demais clubes, com leve viés a favor da sua relevância.

Viés da Menção (Score: 0.2)

Palmeiras

Principal

Motivo: O artigo foca na comparação entre Flamengo e Palmeiras como um cenário de "Real-Barça", destacando sua influência e o impacto nos demais clubes, com leve viés a favor da sua relevância.

Viés da Menção (Score: 0.2)

Motivo: Mencionado como um exemplo de time que sofre com a polarização, sugerindo uma situação negativa para o clube no cenário atual.

Viés da Menção (Score: -0.3)

Motivo: Mencionado como um exemplo de time que sofre com a polarização, sugerindo uma situação negativa para o clube no cenário atual.

Viés da Menção (Score: -0.3)

Motivo: Mencionado como um exemplo de time que sofre com a polarização, sugerindo uma situação negativa para o clube no cenário atual.

Viés da Menção (Score: -0.3)

Motivo: Mencionado como um exemplo de time que sofre com a polarização e a dificuldade de competir, sugerindo uma situação negativa para o clube.

Viés da Menção (Score: -0.3)

Motivo: Citado como um time que corre o risco de ser ignorado no futuro devido à centralização do futebol, indicando um viés negativo sobre sua relevância futura.

Viés da Menção (Score: -0.4)

Motivo: Citado como um time que corre o risco de ser ignorado no futuro devido à centralização do futebol, indicando um viés negativo sobre sua relevância futura.

Viés da Menção (Score: -0.4)

Palavras-Chave

Entidades Principais

internacional santos palmeiras sao paulo flamengo vasco fluminense corinthians vitor roque botafogo cruzeiro gremio estevao barcelona real madrid guarani ponte preta atletico mineiro luiz araujo cbf

Conteúdo Original

Só para assinantes Assine UOL Opinião Esporte Flamengo x Palmeiras: Já temos nosso Real-Barça e isso é uma baita tragédia Julio Gomes Colunista do UOL 19/10/2025 04h00 Deixe seu comentário Luiz Araújo e Vitor Roque disputam bola em Palmeiras x Flamengo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF Carregando player de áudio Ler resumo da notícia O vídeo do humorista Magno Navarro, no Instagram, é tão engraçado quanto trágico. A campanha "Meu Time é Meu" é uma gozação que mescla o jogo de palavras (da zoeira de quinta série "que time é teu?") com a dura realidade: torcedores de Fluminense, Vasco e Botafogo cansados por terem de torcer pelo Palmeiras contra o Flamengo, torcedores de Corinthians, São Paulo e Santos cansados de terem de torcer pelo Flamengo contra o Palmeiras. Isso é o que virou o futebol brasileiro. Virou de forma definitiva? Não, nada é definitivo. Este é um processo que começou já há um quarto de século, com a chegada dos pontos corridos, e se aprofundou mais ou menos 15 anos atrás, com a implosão do Clube dos Treze e a negociação individual por direitos de TV. Não serei simplista, há mais elementos e, entre tais elementos, a competência de alguns administradores de alguns clubes, o bom timing e também a incompetência de outros. Flamengo e Palmeiras farão neste domingo um jogo que está recebendo tratamento de final. Eu vivi por muitos anos na Espanha e é a primeira vez que noto algo muito, muito, muito parecido com o que vivi lá em tantos Real Madrid x Barcelona. É simplesmente o jogo mais importante do país e que vira uma espécie de campeonato à parte nos pontos corridos. Tem super cobertura, programa pré-jogo, pós-jogo, vestiários ao vivo, briguinhas tolas ao longo da semana, troca de farpas entre dirigentes, gente viajando e se organizando para a partida, churrascos sendo marcados e por aí vai. É o "domingo do Flamengo x Palmeiras". Wálter Maierovitch Barroso salvou 'Bessias' ao soltar voto sobre aborto Milly Lacombe O Corinthians é das mulheres Vinicius Torres Freire Terras raras não são uma mina de ouro para o Brasil Muniz Sodré Identidades são ilusões que produzem efeitos reais Vejam bem, isso poderia ter acontecido com outros. Poderia ter sido com Vasco e Corinthians, por exemplo. Ou o São Paulo. E aí sim, podemos falar em competência ou incompetência. Mas não. Aconteceu com Flamengo e Palmeiras e nisso estamos. Classificação e jogos Brasileirão O que realmente me surpreende é que torcedores, profissionais e jornalistas que vivem e respirem Grêmio, Inter, Cruzeiro, Atlético, Fluminense, Santos e tantos outros não percebam que eles estão nessa festa como convidados de pouquíssima importância. Um Gre-Nal é cada vez mais um Bétis x Sevilla no cenário nacional, nada mais do que isso. O Brasil resolveu jogar no lixo sua história ao sufocar os campeonatos estaduais e os times pequenos. Eu entendo que tantos colegas de profissão tenham passado anos defendendo os pontos corridos e a criação de ligas. Eles assistem à beleza dos campeonatos europeus e acham que o mesmo pode ser replicado no Brasil, um país que é do tamanho da Europa toda. Os estaduais deles não foram sufocados, os estaduais deles são os próprios campeonatos nacionais. O que não perceberam, ou perceberam, sei lá, foi o sucateamento que isso gerou no resto do ambiente. A historinha era que uma liga bem organizada, longe dos bandidos da CBF e das federações, permitiria que o Brasil tivesse clubes tão fortes quanto os europeus e retivesse seus talentos. Ledo engano. Os talentos (de verdade) vão embora do mesmo jeito. Entre outras razões, porque não têm identificação alguma com os clubes grandes brasileiros. Um Estevão da vida é tirado de Minas para jogar no Palmeiras aos 14 anos porque o Palmeiras é quem melhor oferece as condições para o menino virar um jogador produto exportação. O clube ganha dinheiro, a família e os empresários. As marcas também, claro. A elitização do futebol brasileiro é um processo que gera reação em cadeia. Não é só o Brasileirão que virou um negócio para poucos, isso acontece na base também. Não temos projetos, programas, amarras, é uma verdadeira selva e a busca por meninos de 10, 12, 14 anos está rolando solta. E quem tem mais, pode mais. Hoje alguns podem muito, mas muito mais que outros. Tem clube brasileiro (dos chamados "grandes") que, pensando fora da caixa, está tentando buscar meninos de 10 anos na África, já que aqui no Brasil está quase tudo dominado. Os clubes grandes só são grandes porque, ao longo do século, se diferenciaram dos "pequenos". Seja pelo centro em que se encontram, seja por competência. Foi o futebol capilar, embrenhado no interior do Brasil, que fez do nosso país a fábrica de talentos que fomos no século passado. Nós estamos jogando uma bomba em cima de cada uma dessas fábricas. E fingindo não entender por que a seleção brasileira, não só a principal, como as de base, não ganham mais nada. Continua após a publicidade Sim, é possível criar um calendário em que clubes grandes joguem mais entre eles e ganhem mais dinheiro. Mas o sufocamento do futebol do interior é lamentável. Daqui a 50 anos, quando todo o interior de Minas - e talvez, até Belo Horizonte - estiver escolhendo entre Flamengo e Palmeiras, ou outro dos grandes de São Paulo, e absolutamente ignorando Atlético e Cruzeiro, talvez a ficha caia. Talvez. Hoje, esse futebol de pontos corridos, que prioriza os clubes grandes e trata os pequenos como "chupins", e essa distribuição de dinheiro quase sem regras e que causa um desequilíbrio tremendo nos trouxe aos nossos Real Madrids e Barcelonas. Os torcedores dos outros clubes estão na fase de negação. Achando que basta competência ou um comprador multimilionário para que um São Paulo ou um Botafogo possa consistentemente disputar com os dois dominantes. E vejam, não nego que isso possa acontecer. Mas aí teremos, sei lá, 4 ou 5 poderosos, e não 2. Para mim, um cenário igualmente trágico. Olhem o tamanho do Brasil! Olhem a quantidade de cidades com milhões de torcedores órfãos, que fatalmente migrarão para os maiores. Tivemos um Ponte Preta x Guarani que foi tratado como o maior dérbi campineiro da história. Dois clubes que foram protagonistas do futebol brasileiro estavam jogando uma partida decisiva na Série C. Isso aí, a terceira divisão. Quem hoje torce por Ponte ou Guarani em Campinas? Esse efeito cascata está acontecendo em todas as cidades médias e até grandes do Brasil. Os celeiros de formação de jogadores acabaram ou estão acabando. Eu vou parar para ver Flamengo x Palmeiras. Até por obrigação profissional. Mas o que aconteceu no Brasil é uma enorme tristeza. Parabéns aos que queriam um Real Madrid e um Barcelona. Achavam que teríamos uns 15. Mas são só dois mesmo. Opinião Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash Receba novos posts de Julio Gomes por email Informe seu email Quero receber As mais lidas agora Sam Rivers, baixista e cofundador do Limp Bizkit, morre aos 48 anos Mega-Sena acumula e prêmio sobe para R$ 76 milhões; veja dezenas sorteadas Corinthians perde chances, mas vence o Galo com golaço e vê Z4 mais longe De Ridder 'joga a toalha' e Allen vence luta principal do UFC Canadá Homem morre após tentar desarmar policial durante abordagem em Pirituba